quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O QUE A HISTÓRIA DE ZAQUEU NOS ENSINA SOBRE A MORDOMIA CRISTÃ?

LEIA E REFLITA


Texto Bíblico: Lucas 19.1-10

Tema: A administração cristã: antes e depois do encontro com Jesus!

Introdução:
            A Igreja Cristã está vivendo as últimas semanas do período após Pentecostes e já se prepara para a celebração do Advento, que dá início ao novo ano eclesiástico. Nesse período o povo de Deus também celebra o dia de ação de graças. Algumas palavras recebem destaque especial nesse período, tais como: vigilância, administração, prestação de contas, planejamento e gratidão. Em todas elas está bem presente a idéia da mordomia cristã, a idéia de administrar com responsabilidade aquilo que Deus nos confiou, na iminência da volta do Senhor Jesus.
           
Este também é o período em que as congregações da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) começam a desenvolver seus programas de mordomia cristã, enfatizando, igualmente, o ensino e a orientação bíblica sobre a oferta de dinheiro e bens a Deus, e que são destinados para o trabalho de igreja.

A Igreja inclusive adotou o mês de novembro como o mês da mordomia cristã em todas as congregações!
           
O Mês da Mordomia cristã é momento apropriado para que cada membro da congregação seja encorajado e orientado a reavaliar sua condição de cristão luterano e mordomo de Cristo.
            O presente estudo, que toma por base a mordomia cristã e a oferta de Zaqueu, certamente auxiliará nesse aspecto.

Zaqueu
            O que sabemos de Zaqueu é que ele era um homem de pequena estatura, mas um alto funcionário público, um publicano, alguém que cobrava impostos públicos.
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Os publicanos não contavam com a simpatia do povo, especialmente por duas razões:
            1) Cobravam impostos para uma nação estrangeira (Roma)
            2) Cobravam valores além do estipulado, enganando as pessoas e enriquecendo ilicitamente.

            Lucas destaca que Zaqueu era “maioral dos publicanos” (Lc 19.2). Ele era chefe de uma grande coletoria de impostos.

            A história de Zaqueu normalmente não é muito usada nos programas de ensino sobre mordomia cristã e oferta. No entanto, seu exemplo é muito apropriado, porque nos mostra a administração cristã (mordomia) de Zaqueu antes e depois do seu encontro com Jesus.

Zaqueu – antes do encontro com Jesus:
            Na qualidade de cobrador de impostos, na verdade, chefe ou supervisor de uma coletoria de impostos, Zaqueu procurava acumular riquezas. No seu trabalho, as brechas para ser desonesto eram inúmeras. As oportunidades para subornar pessoas ou extorquir dinheiro também eram muitas. E dessa maneira Zaqueu enriqueceu muito.

            Zaqueu havia colocado seus próprios interesses no centro de sua vida. Ele próprio considerava-se o senhor e dono de sua vida. Sua vida limitava-se a satisfazer seus interesses pessoais, sem olhar para as pessoas ao seu redor.

            Zaqueu tinha sido um mau mordomo aos olhos de Deus. A sua história mostra toda a fragilidade, todas as lutas, tentações e imperfeições dos mordomos de Deus. Sua história também é a nossa história. Não precisamos ser desonestos para nos assemelharmos a ele. Basta lembrarmos que, com freqüência, vivemos nossas vidas em torno dos nossos interesses, esquecendo que somos apenas mordomos daquilo que Deus colocou em nossas mãos.

            Mas no coração de Zaqueu não havia paz. Talvez, aquela sensação de um dia ter que prestar contas lhe atormentava. Mesmo tendo acumulado muito dinheiro e bens, Zaqueu andava inquieto. Lucas relata que ele “procurava ver quem era Jesus” (Lc 19.3), chegando a subir numa árvore em meio à multidão.

Zaqueu – depois do encontro com Jesus
            A vida de Zaqueu mudou a partir do momento em que Jesus olhou para ele no alto da árvore e disse: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa” (Lc 19.5).

            O amor de Jesus transformou a vida de Zaqueu e ele compreendeu que a vida não consistia naquilo que ele, honesta ou desonestamente, conseguia acumular, mas na graça e na misericórdia de Deus. Zaqueu creu no Senhor Jesus. O próprio Jesus testemunhou essa conversão, quando disse: “Hoje houve salvação nesta casa” (Lc 19.9).
           
A partir do encontro com Jesus, Zaqueu passou a ver sua vida com outros olhos. Seus valores mudaram. O dinheiro e os bens já não eram mais vistos como a razão central do seu viver, mas passaram a ser vistos como recursos com os quais ele podia servir a Deus e às outras pessoas.

            Sua reação foi espontânea, uma resposta natural ao grande amor de Deus que o acolheu: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc 19.8).

            A atitude de Zaqueu ilustra a mordomia cristã e a oferta: Os cristãos passam a ver os bens materiais, dinheiro e outros, como dádivas de Deus para o seu bem estar e sustento e para o serviço cristão. Eles não são mais a razão do seu viver (Sl 62.10). Com o dinheiro e bens, os mordomos de Deus promovem seu próprio sustento e o sustento daqueles que Deus lhes confiou, ajudam as outras pessoas e também participam da grande tarefa de proclamar do evangelho de Cristo.

Os luteranos da IELB
            A história da IELB mostra que os luteranos brasileiros foram tímidos nas ofertas. A IELB recebeu muito auxílio financeiro dos irmãos dos Estados Unidos. Durante grande parte destes 111 anos de nossa história como IELB, os irmãos americanos sustentaram o trabalho aqui no Brasil. Ainda hoje, muitos desafios não podem ser assumidos por falta de recursos financeiros.

            Será que as bênçãos de Deus não foram abundantes sobre as famílias da IELB? Será que os cristãos luteranos não têm dinheiro para ofertar, ou eles não estão permitindo que Jesus fale aos seus corações? 

Constatamos que somos uma igreja muito abençoada. Na verdade, precisamos compreender melhor nossa condição de mordomos de Deus. Precisamos ser animados e encorajados com o grande amor de Deus. Como cristãos luteranos podemos nos levantar mais decididamente, porque o Senhor nos visita freqüentemente com sua palavra e santa ceia, e então dizer como Zaqueu: “Senhor, resolvo dar... Senhor, resolvo ofertar”!

Senhor, resolvo dar...
            O momento é apropriado para olhar para frente e tomar decisões. O grande amor de Jesus move os cristãos a tomar decisões. Eles são os mordomos de Deus, administradores do dinheiro e dos bens que ele lhes confiou.

            Portanto, olhe para frente, olhe para os grandes desafios na missão de Deus e, como mordomo responsável, tome decisões:

1. Se ainda não tem o hábito de ofertar mensal e regularmente, comece hoje. Você pode ofertar 10% de sua renda para a missão de Deus em sua congregação? Não. Então comece com uma porcentagem menor 9%, 8%, 5%...

Não devemos nos esquecer de tirar a primeira parte para a oferta ao Senhor. Pois Deus quer ser honrados com as primícias.

2. As congregações e paróquias são desafiadas a repassar... 11% ou mais de nossas ofertas internas para o orçamento nacional da IELB.

3. Somos também desafiados a ofertar para projetos especiais na IELB via FAPI.

4. Todas as congregações são desafiados a desenvolver em seu meio o trabalho de ação social para ajudar os pobres e necessitados. 3). Zaqueu resolveu ofertar a metade dos seus bens aos pobres. Com as nossas ofertas também podemos ajudar aos necessitados.

            Os desafios são muitos e as oportunidades são inúmeras! Você é o administrador dos bens que Deus lhe confiou. Você precisa resolver! Que Deus lhe abençoe na sua administração.
                                                          
                  Adaptado                         

Autor: Reinaldo M. Ludke

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